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Neste momento estou num processo de repensar como uso o Instagram. Já usei de várias maneiras ao longo do tempo, inclusive para divulgar meu peixe, mas neste momento estou pensando em cuidar mais das conexões que tenho com as pessoas e com artistas cujo trabalho gosto de acompanhar. Quero retomar o social da rede e usá-la para cuidar da vida que acontece fora das telas, mas confesso que ainda não encontrei um ritmo que me seja harmônico 😅

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Mar 13, 2023Liked by Mariana Moro

Bem, que tá ler a opinião de um pária das redes sociais? Um eremita nas montanhas distantes das redes sociais. A ovelha negra da família global das redes sociais. Devo ser um dos raros, num raio de quilómetros, a não ter rede social. Minto, em dezembro de 2022 criei uma conta no twitter para um objetivo muito específico, e mesmo nesta conta não tenho contato virtual com amigos ou familiares, portanto ainda no anonimato virtual. Sou o tipo de cara que o Zuckerberg gostaria de exterminar da face da terra, rs. Ah, não sou maratonista de séries tb, muito menos um esporádico apreciador de séries. Sou do tipo que gosta de histórias com início, meio e fim. Uma coisa rara em séries Netflixcianas e afins. Prefiro filmes de cinema em que devemos nos preparar fisicamente e psicologicamente pra curtir uma apresentação artística e não permitir que mensagens de whatsapp atrapalhem a concentração de apreciar um filme. Sim, utilizo o whatsapp, não sou 100% pária, rs, talvez 90%. Esse distanciamento me faz ver as curtidas nas mídias sociais, de forma peculiar. Na verdade me entristece, ver pessoas que amo e também as que mal conheço, olhando fotos num app e em função destas fotos, curtir ou não a tal postagem. Difícil entender como através de uma foto consegue-se imaginar o que na vida da pessoa envolvida nesta foto. Imaginar o que se passa pela mente de quem posta a foto, ou mesmo de quem a curte. Na minha visão pequena, particular e não definitiva, me entristece constatar que pessoas que amo, não entendem a superficialidade das redes sociais ou vídeos de 30 segundos com dancinhas que nem saberia como categorizar. Tudo é tão raso, superficial, que, na minha opinião, não valeria a pena perder 5 segundos nesta atividade de analisar o que curtir e o que não curtir. Me assusta observar que pessoas opinam sobre a vida de outras pessoas ou tentam demonstrar suas próprias vidas através de fotos num app, que é claro, não representam nem pequena parte da complexidade interior e do universo interior que é DE FATO cada uma das pessoas. Me assusta observar como a vida das outras pessoas assume uma importância competitiva com a própria vida de quem navega pela mídia social. Tempo perdido, energia emocional perdida e talvez mais estímulo de comportamentos auto destrutivos. Detox? Huuummm acho que não seria detox, mas sim cada um contextualizar melhor as mídias sociais nas suas próprias vidas. É útil? Minha vida melhora ou piora? O que vejo e concluo através de uma foto realmente faz sentido pra mim? Há verdade em minhas conclusões? Uma foto mostra a verdade interior de uma pessoa? Se não mostra, por que curtir ou postar? Não tenho algo mais pra realizar com minha alma além de correr com o dedo na tela de um celular achando que entendo que por trás da postagem tem um ser humano cheio de características únicas? Qual é a verdade de tudo isto em minha vida? Acho que esta contextualização e questionamento são muito úteis! Diria que esta contextualização proporciona mais tempo pra dedicar àquilo que é importante e verdadeiro em nossas vidas. Ajuda também na decisão do que é importante tanto para a alma quanto para o que se assiste e se ouve em nossa vida cotidiana. Dramática minha opinião? Pode ser, mas uma coisa que não pode ser e que passou a ser um fato, são as mídias sociais na maioria das pessoas que as segue. Um pequeno post pra pincelar um rascunho da minha opinião..rs…grande abraço.

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Que texto necessário em tempos que estou repensando minha relação com as redes sociais em geral e com o Instagram em especial. Fiquei quase um ano longe da rede para cuidar da minha saúde mental. No início senti algo como abstinência (mesmo sem saber quais são os sintomas). Depois veio a sensação de liberdade por não precisar contar tudo, o tempo todo, para todo mundo.

Voltei há alguns meses e ainda estou me adaptando a como quero levar essa relação.

Obrigada por seu conteúdo inspirador.

(e vou praticar a "uma foto por dia" para me lembrar de momentos especiais e únicos)

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Valiosa demais essa reflexão. Inclusive, compartilhei na minha newsletter. Muito obrigada, viu?

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Mar 14, 2023Liked by Mariana Moro

Adorei o texto, Mari!Voltei a tirar fotos despretensiosas e publicá-las, sejam instagramáveis ou não, ainda é um bocadinho meu na internet. Confesso, porém, que tenho de reforçar as afirmações de que essa validação não é tão necessária assim, então tudo bem não ser tudo tão bom, tão cheio de likes.

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Tenho fases; uma briga entre os benefícios e as tretas do Instagram. Já quis abandonar, já fiz pausas, já sofri mais e menos. Haha Hoje em dia estou tentando não gastar energia porque entendi que para o que faço, ele é importante. Sendo assim, não quero ficar lutando contra uma correnteza forte; soa melhor deixar o corpo boiar. Entende? Sábado fui num evento com a Aline Bei e ela comentou: “não fosse a internet e o Instagram, eu não seria quem sou, não estaria aqui.” E ela tem razão. Estou na fase de olhar por essa ótica. Mas gostaria de ser menos dependente e de me deixar levar menos. 😘

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Eu AMEI essa edição. A grande dificuldade é o equilíbrio. Na minha volta do detox, ele durou apenas alguns dias. A realidade é que o modo de usar do IG estimula o vício - e quem sou eu pra dizer que sei usar apenas de forma recreativa? Não dá, quando a sensação é que ele é o lugar onde mora todo o seu social. Não consigo achar uma alternativa saudável a não ser a saída. Mas quão factível é isso no nosso dia a dia? Hoje em dia, me sinto refém dele...

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esse texto bateu muito aqui!!! e algo que acabei percebendo é que meus períodos de "maratona" em rede social sempre tem muito a ver com algo emocional que tô ignorando ou deixando pra lidar depois. também fico me policiando pq também curto muito o espaço das redes mas é meio agoniante, sei lá

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Muito bom o texto Mari! Diariamente precisamos nos lembrar que aquilo é um recorte da vida. Eu gostaria MUITO de abandonar as redes sociais, mas, é um dos melhores meios de divulgação do meu trabalho (ao menos até agora), ainda que esses algoritmos teimem em me mostrar métricas "você não fez um bom trabalho", pelo pouco alcance. Mas eu sei que fiz um ótimo trabalho. Enfim, nada de novo no front capitalista.

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a reunião que poderia ser um email pegou fundo 💔

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