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Sei exatamente do que vocĂȘ estĂĄ falando em relação ao arrependimento de compartilhar seus pedacinhos. E acho que as pessoas que chegam falando que estamos com cara de cansada poderiam ser mais discretas, ou chegar oferecendo ajuda. Isso sempre me deixa meio chateada, mesmo que seja verdade.😅

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Eu amo seus textos!

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Que texto incrĂ­vel. Traduziu em palavras e trouxe significado para alguns sentimentos escondidos.

Obrigada por compartilhar!

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May 13, 2023Liked by Mariana Moro

Sempre muito maravilhosa e me representando em todos os textos ❀ as vezes dĂłi, mas a luz que entra pelas rachaduras sempre podem ser uma luz no fim do tĂșnel!

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May 12, 2023Liked by Mariana Moro

Eu ri com a parte do radiohead ahaha Seguimos, tĂȘm dias que sĂŁo difĂ­ceis demais. <3

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"[...] Tudo em que eu conseguia pensar eram os pequenos pedacinhos de mim mesma que ofereci na roda de conversa, pedacinhos das minhas fraquezas, dos meus medos, pedacinhos que ofereci sem pensar e nĂŁo poderia mais tomar de volta".

Ainda tenho pavor de deixar esses pedacinhos por aí, até mesmo entre amigos mais íntimos. Vulnerabilidade é algo que me paralisa.

Esse pedacinho que vocĂȘ deixou aqui nesta news, fez eu me identificar muito. Um abraço!

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May 10, 2023Liked by Mariana Moro

esse negócio de não poder se ver vulneråvel - e que os outros me vejam assim também - atrapalha até o meu processo de escrita! mas seguimos \o/ hahahah

adorei o texto! me identifiquei bastante, um beijo.

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maravilhoso seu texto!!!!! amei a parte da luz entrar pelas rachaduras!!!

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May 10, 2023Liked by Mariana Moro

rs, no meu caso ouvir Radiohead com frequĂȘncia baixa jĂĄ seria alarmante, rs, o normal seria nĂŁo ouvir. Calma calma, Ă© sĂł uma questĂŁo de preferĂȘncia. rs. Bem, as vezes quando nos permitimos ouvir e perceber a beleza nas mĂșsicas que sĂŁo eternas, Radiohead passa a nĂŁo ser uma fuga viĂĄvel, rs. Ahhhh, mas o que Ă© uma mĂșsica eterna? Hummmm, hĂĄ coisas que Ă© preciso investigar por si mesma (o) pra descobrir. Pegando um gancho no seu texto, Ă© como investigar a luz que passa por uma rachadura.

Argh, hoje em dia Ă© preciso perder tempo em colocar o (o) em algumas palavras que podem ser femininas ou masculinas, por que algumas pessoas ingenuamente acreditam que tudo pode ser descrito em palavras e nĂŁo percebem que Ă© preciso ter abstração pra entender que as palavras sĂŁo somente uma tĂȘnue conexĂŁo com a verdade interior de cada e que palavras nĂŁo descrevem, na totalidade, o universo interior do humano. É preciso muito mais que palavras pra descrever um indivĂ­duo. É preciso juntar palavras com o brilho ou ausĂȘncia de brilho nos olhos, juntar com o toque da pele, e acima de tudo juntar com o intangĂ­vel no contato com outra pessoa.

Mas voltando ao seu texto, eu diria que quanto mais envelheço mais percebo que o caminho para a construção de uma paz interior Ă© solitĂĄrio, individual e nĂŁo coletivo. O caminho Ă© sempre repleto de outras pessoas, inclusive algumas poucas que estarĂŁo conosco atĂ© o fim da vida, no entanto a construção Ă© solitĂĄria. É como o caminho de um andarilho(a), argh novamente o (o), que encontra dezenas de pessoas pelo seu trajeto, umas atrapalhando e outras ajudando, mas nenhuma caminhando por ele mesmo. - Desculpe, daqui pra frente me dou ao direito de nĂŁo usar mais o (o), rs.

Voltando ao texto novamente, Ă© como a escolha do sabor de um suco que se quer tomar. Alguns poderĂŁo dar opiniĂŁo sobre a escolha do suco, mas somente vocĂȘ poderĂĄ tomar a decisĂŁo de qual tomar e depois, efetivamente toma-lo. O sabor, o prazer ou desprazer de um suco gostoso ou ruim, terĂĄ que ser arcado SOMENTE por quem o toma. Quem toma, poderĂĄ atĂ© compartilhar o prazer ou o desprazer do sabor, mas NUNCA conseguirĂĄ descrever o sabor em sua totalidade ou plenitude. O sabor percebido dependerĂĄ de tantas coisas como temperatura do suco, tipo da fruta, quantidade de açĂșcar, ĂĄgua usada, se usou ou se nĂŁo usou bebida alcoĂłlica, que o fez e blĂĄ blĂĄ blĂĄ.......tantas coisas que Ă© praticamente IMPOSSÍVEL compartilhar com alguĂ©m mais do que os "pedaços" da sensação boa ou ruim do sabor percebido. É claro que muitas pessoas fazem parte do processo de tomar o suco, desde colher a fruta, fazer o suco e atĂ© mesmo opinar sobre ele. Sem essas pessoas seria impossĂ­vel tomar o suco. Nesse sentido, acho que seria impossĂ­vel nĂŁo compartilhar pedaços da percepção do sabor, bom ou ruim, do suco, afinal as pessoas fazem parte deste ato. Instintivamente queremos avisar "nĂŁo tome este suco", ou "tome este suco" ou queremos atĂ© mesmo saber a opiniĂŁo de quem jĂĄ tomou o suco, pra ingenuamente sabermos se a pessoa estĂĄ no "mesmo time" que o nosso, rs.

Jå que compartilhar os pedaços da percepção seja quase que parte inevitåvel do processo, para não sofrermos, talvez tenhamos que entender e encarar estes pedaços, como o que eles realmente são: pedaços. Somente pedaços e não o todo. Levanto em consideração a nossa capacidade limitadíssima de nos expressarmos, seria impossível compartilhar mais do que somente pedaços. E fica impossível pra alguém, recebendo somente estes pedaços, recompor o sabor do suco que foi tomado e entender a percepção de outra pessoa sobre o sabor. Diria até que é injusto esperar essa compreensão de alguém que "só" tenha recebido pedaços. Então, talvez os pedaços sejam somente pistas que conseguimos trocar com outras pessoas, pra que em nossa individualidade possamos humildemente expandir nosso conhecimento sobre a vida e sobre nós mesmos.

Detalhe importante que pode ser indigesto pra muitos: sinto muito, mas palavras nĂŁo descreverĂŁo NUNCA a totalidade. Tudo aquilo que nĂŁo tem nada a ver com a linguagem das palavras deverĂĄ ser utilizado.

Sempre serå necessårio investigar e mais que tudo intuir, individualmente o "pedaço" de luz que passa pela rachadura.

Acho que o caminho para a paz interior, é essencialmente individual. As pessoas a nossa volta nos instigam a investigar e descobrir quem realmente somos. No entanto, as pessoas que nos instigam, nunca conseguirão saber quem realmente somos, só terão pistas e pedaços a nosso respeito. Inclusive hoje entendo que isto é ótimo, afinal mal damos conta de nós mesmos, quiçå dos outros. Como jå disse, é até injusto esperar que outros entendam nossos pedaços. Assim como seria arrogante de minha parte achar que possa entender uma pessoa em função dos pedaços que ela me entrega.

Ufa, quanta coisa rs....espero que os poucos pedaços que descrevi sirvam como pistas e ajuda para a sua busca individual. A mim, escrever aqui, me serve muito para o entendimento de mim mesmo. Obrigado.

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também sou do time que não gosta de pedir ajuda, que detesta se mostrar vulneråvel. faz bem pouco tempo que percebi a cilada que é isso. um abraço enorme em vc!

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ai que edição linda s2 ouvir radiohead com frequĂȘncia alarmante kkkkkk

eu jå senti muita vezes essa necessidade de ter controle sobre minha própria narrativa e não me permitir me abrir com amigos. e quando ocorre, quando entre amigos bem próximos, saio com a mesma sensação, de que deixei pedaços de mim, a coitadice pros outros recolherem.

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Ontem, no final do expediente, um homem que pouco vejo olhou pra mim e disse "nossa, que carinha de cansada". O tom de coitadinha me fez me sentir validada do meu cansaço. Estamos todos assim? Lindo texto!

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Ah, que texto foda. Obrigada pela rachadura-espelho que me faz enxergaram sem sorrisinhos

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“Acho que não consigo mais sustentar essa narrativa de força inesgotável que criei”.

Seu texto chegou pra mim num momento tĂŁo certeiro (como costumam vĂĄrios dos textos que leio aqui no substack). Senti um alĂ­vio de “ufa, nĂŁo tĂĄ doendo sĂł aqui”. Obrigada por compartilhar esse pedacinho de vocĂȘ com a gente ♄

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Bom.. acho que estamos todas na mesma situação. Embora “esteja tudo bem!”. Um abraço apertado e vocĂȘ nĂŁo estĂĄ sozinha! đŸ€Ž

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