Decidi que escrever estará sempre ao meu lado, como ler. Ainda que eu esteja fazneod bolo pra vender ou preenchendo o estoque de um supermercado. Escrever é minha companhia e dela não abro mão. Bom te ler novamente, Mari!
Eu acredito que por vezes o corpo pede espaço, para gestar (ali não cabem palavras, ainda). Esse espaço entre o viver e o colocar no papel o que se passa a partir da existência, dos acontecimentos, nos gera angústia por parecer ser um espaço em que a palavra se ausenta. Mas na verdade, ela ainda não nasceu....
eu me senti muito representado nessa angústia de ser uma pessoa que essencialmente escreve (e que pensa muito melhor pela escrita) e que, vez ou outra, não consegue escrever.
Oi, Mari! Esse texto me fez pensar no meu próprio desejo por coesão narrativa e como eu ainda me frustro com a minha própria desconexão. Adoro (e invejo, em certo nível) histórias de pessoas que desde pequenas "sabiam da própria inclinação", que tinham um interesse infantil que virou formação acadêmica e acabou guiando a carreira etc e tal. Faz tanto sentido pra biografia, uma coisa que puxa a outra e a reunião disso tudo forma uma imagem bonita quando olhada de fora... meio que me afeta um pouco pensar que eu sou uma bagunça, tão cheia de interesses conflitantes agora quanto era na infância e adolescência. Acho que desde que comecei a observar essa questão tenho tentado me convencer que essa mistura me faz interessante; essa ideia não me conforta sempre, mas é um começo.
amei, Let! penso o mesmo - o nosso tempero (rs) está exatamente nesse emaranhado de contradições e de coisas heterogêneas que nos formam como pessoa. que a gente consiga achar nossa mistura cada vez mais bonita ❤️
Esse texto me atravessa em cheio. Li quando publicou e reli agora. Chorei de novo. Lindo demais. Inteiro e cheinho de lacunas a serem preenchidas (ou não) ❤️
Se descobrir desintegrada, desconexa, partida em tantos pedaços contraditórios, é realmente um dos temores que me assombraram há pouco. E, tal como você, assumir o desejo de escrever é algo que ainda me toma e não sei ao certo quais caminhos que assumiriam minha vida ao afirmar isto. Partilho apenas das mesmas reflexões. Mas algo que posso dizer é, continue, mesmo que o círculo ainda seja o mais próximo que você tente fazê-lo "perfeito", em algum momento você descobrirá o seu modo do círculo orgânico que alguém irá olhar e dizer que faz sentido por ser você.
Decidi que escrever estará sempre ao meu lado, como ler. Ainda que eu esteja fazneod bolo pra vender ou preenchendo o estoque de um supermercado. Escrever é minha companhia e dela não abro mão. Bom te ler novamente, Mari!
<3 me inspirar mais nisso aqui!
obrigada pela leitura, querida!
Eu acredito que por vezes o corpo pede espaço, para gestar (ali não cabem palavras, ainda). Esse espaço entre o viver e o colocar no papel o que se passa a partir da existência, dos acontecimentos, nos gera angústia por parecer ser um espaço em que a palavra se ausenta. Mas na verdade, ela ainda não nasceu....
belíssimo ❤️ é exatamente isso, Ana
eu me senti muito representado nessa angústia de ser uma pessoa que essencialmente escreve (e que pensa muito melhor pela escrita) e que, vez ou outra, não consegue escrever.
nós todos escritores angustiados 🙋♀️🙋♀️🙋♀️
uau. que reflexão foda.
<3 querida, obrigada!
Oi, Mari! Esse texto me fez pensar no meu próprio desejo por coesão narrativa e como eu ainda me frustro com a minha própria desconexão. Adoro (e invejo, em certo nível) histórias de pessoas que desde pequenas "sabiam da própria inclinação", que tinham um interesse infantil que virou formação acadêmica e acabou guiando a carreira etc e tal. Faz tanto sentido pra biografia, uma coisa que puxa a outra e a reunião disso tudo forma uma imagem bonita quando olhada de fora... meio que me afeta um pouco pensar que eu sou uma bagunça, tão cheia de interesses conflitantes agora quanto era na infância e adolescência. Acho que desde que comecei a observar essa questão tenho tentado me convencer que essa mistura me faz interessante; essa ideia não me conforta sempre, mas é um começo.
amei, Let! penso o mesmo - o nosso tempero (rs) está exatamente nesse emaranhado de contradições e de coisas heterogêneas que nos formam como pessoa. que a gente consiga achar nossa mistura cada vez mais bonita ❤️
Esse texto me atravessa em cheio. Li quando publicou e reli agora. Chorei de novo. Lindo demais. Inteiro e cheinho de lacunas a serem preenchidas (ou não) ❤️
Se descobrir desintegrada, desconexa, partida em tantos pedaços contraditórios, é realmente um dos temores que me assombraram há pouco. E, tal como você, assumir o desejo de escrever é algo que ainda me toma e não sei ao certo quais caminhos que assumiriam minha vida ao afirmar isto. Partilho apenas das mesmas reflexões. Mas algo que posso dizer é, continue, mesmo que o círculo ainda seja o mais próximo que você tente fazê-lo "perfeito", em algum momento você descobrirá o seu modo do círculo orgânico que alguém irá olhar e dizer que faz sentido por ser você.
"A autorização para experimentar pedacinhos de vidas paralelas à que escolhi viver." Muito bonito isso.